Conquista Científica: Como a fecundação in vitro está mudando o destino dos Rinocerontes Branco

fecundação in vitro de embriões de rinoceronte-branco

Cientistas alcançaram um marco histórico ao realizar com sucesso a primeira fecundação in vitro de embriões de rinoceronte-branco. O anúncio, feito em Berlim na quinta-feira (24), traz esperança para a preservação da subespécie criticamente ameaçada de extinção, o rinoceronte-branco-do-norte.

Originário da África, o rinoceronte-branco possui duas subespécies, sendo o rinoceronte-branco-do-sul e o rinoceronte-branco-do-norte. Lamentavelmente, o último exemplar do rinoceronte-branco-do-norte faleceu em 2018, na reserva de Ol Pejeta, Quênia, deixando apenas duas fêmeas incapazes de suportar uma gestação completa.

O êxito da fecundação in vitro envolveu a coleta de óvulos de fêmeas de rinocerontes-brancos-do-norte e a utilização de esperma de machos da mesma subespécie, já falecidos.

O embrião resultante, cultivado em um laboratório de reprodução italiano, foi implantado em uma mãe substituta, uma rinoceronte-branco-do-sul. A inseminação ocorreu no Quênia em setembro de 2023, culminando em uma gestação de 70 dias bem-sucedida, com um embrião masculino saudável.

Thomas Hildebrandt, líder do departamento de gestão de reprodução do Instituto Leibniz para Pesquisa de Zoológicos e Vida Selvagem (IZW), expressou a conquista em uma coletiva de imprensa em Berlim, afirmando ter alcançado algo considerado impossível.

Infelizmente, apesar do sucesso inicial, a rinoceronte grávida acabou falecendo devido a uma infecção, levando consigo o feto de 70 dias. Susanne Holtze, também envolvida no projeto, explicou que a gestação completa desses rinocerontes dura cerca de 16 meses, e a perda ocorreu antes do período crítico.

O rinoceronte-branco-do-norte é classificado como o mamífero de grande porte mais raro do mundo, restando apenas duas fêmeas estéreis, com idades entre 23 e 33 anos, no Quênia. Com uma expectativa de vida entre 40 e 45 anos, a subespécie enfrenta iminente extinção.

imagem de um rinoceronte

Antigamente abundante em diversas regiões da África Oriental e Central, o rinoceronte-branco-do-norte sofreu uma drástica redução populacional devido à caça furtiva por seus chifres, especialmente a partir da década de 1970.

Hildebrandt prevê que o processo bem-sucedido abrirá caminho para a produção de novos rinocerontes-brancos-do-norte em até dois anos e meio. A próxima fase está programada para iniciar em maio ou junho, envolvendo 30 embriões congelados desde 2019. No entanto, a obtenção de um nascimento bem-sucedido ainda pode demandar alguns anos.

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