Em um mundo cada vez mais consciente da importância da sustentabilidade, a busca por alternativas que conciliem o bem-estar das pessoas com a preservação do meio ambiente se torna cada vez mais urgente.
No Brasil, onde a agricultura familiar representa cerca de 80% dos estabelecimentos agrícolas e responde por 23% da produção de alimentos, surge uma iniciativa promissora: o abastecimento das escolas com produtos frescos e orgânicos provenientes da agricultura local e familiar.
Essa prática, além de garantir alimentos mais nutritivos e saborosos para as crianças, também contribui para a transição agroecológica do país, oferecendo diversos benefícios que vão além do prato cheio.
Um Menu para o Futuro
A agroecologia, base da agricultura familiar, se destaca por práticas agrícolas sustentáveis que protegem o meio ambiente, promovem a biodiversidade e garantem a qualidade dos alimentos. Ao optar por produtos agroecológicos para a merenda escolar, as escolas contribuem para a redução do uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos, minimizando o impacto ambiental da produção de alimentos.
Um Sabor de Comunidade
A valorização da agricultura local fortalece a economia das comunidades rurais, gerando renda e emprego para os agricultores familiares. Essa aproximação entre as escolas e os produtores locais também promove o diálogo entre diferentes setores da sociedade, fortalecendo a identidade cultural da região.
Um Futuro Mais Saudável:
As crianças que se alimentam com produtos da agricultura local e familiar desenvolvem o paladar para alimentos frescos, sazonais e nutritivos, combatendo o consumo excessivo de ultraprocessados e contribuindo para hábitos alimentares mais saudáveis.
Além disso, o contato com os agricultores e com o processo de produção de alimentos nas escolas gera um maior apreço pela agricultura e pelo trabalho do homem do campo, conscientizando as crianças sobre a importância da alimentação saudável e da sustentabilidade.
Uma Transição em Ação:
No Brasil, a Lei 11.947/2009, conhecida como Lei da Alimentação Escolar, determina que pelo menos 30% dos recursos destinados à merenda escolar sejam utilizados na compra de produtos da agricultura familiar, priorizando aqueles produzidos localmente.
Um estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em colaboração com a Université Paris 8 Vicennes-Saint-Denis (França), analisou os impactos do abastecimento com produtos locais em escolas de São Paulo e Paris.
Os resultados comprovaram que essa iniciativa contribui para a redução da pegada ambiental da alimentação escolar, além de fortalecer os laços entre a comunidade escolar e os agricultores locais.
Um Compromisso com as Próximas Gerações:
Abastecer as escolas com produtos da agricultura local e familiar é um passo importante para construir um futuro mais saudável, justo e sustentável e explorar os avanços da tenologia como a agricultura de precisão para minimixar as perdas.
Pois ao valorizar a agricultura familiar e a agroecologia, garantimos alimentos de qualidade para as crianças, fortalecemos as comunidades rurais e protegemos o meio ambiente. É um investimento no presente e nas próximas gerações.
